O primeiro passo para tirar o elefante da sala
Bom, eu tenho certeza de que você conhece e pode enumerar dezenas de processos ao redor da sua vida que não fazem sentido algum, certo? Coisas que vão seguindo da mesma forma que sempre foram feitas, sem grandes explicações, sem justificativas. Investimentos em coisas que nos parecem injustificáveis simplesmente porque nos acostumamos a vê-las como corretas. E tudo segue quase como que num ritual sem fundamento, uma perda de tempo que não entrega como deveria.
Mas, mesmo com todo mundo tendo identificado o elefante, ninguém faz nada. Ninguém sabe como tirar o elefante da sala, como se livrar do inconveniente. Ninguém sequer tenta descobrir, na verdade.
Seguimos repetindo esse padrão até que dele nasçam ressentimentos, rusgas, desgastes. Ele deixa de ser só um processo lento e injustificável para se transformar em um estorvo, um peso que freia o ritmo da equipe e de toda a organização. É o sistema que não funciona, o pessoal de TI que não melhora nada. A gente se afasta da resolução do problema quando não sabe nem por onde começar, é um fato.
E assim o elefante cresce, toma novas proporções, atrapalha outras coisas e vira um fator importante nas tomadas de decisão. Tudo isso porque ninguém tirou ele do meio da sala, um grande fantasma que assombra a tudo e a todos.
Mas assim, sendo bem sincero, se esse elefante não faz sentido para você, é bem provável que ele não seja plausível para mais ninguém na empresa. O que falta é a iniciativa. Você precisa tomar o elefante como um problema seu e, como você faz como todos os outros problemas, resolvê-lo.
Ninguém está dizendo que é simples ou prático remover um elefante do meio da sala, mas é necessário. Se você viu ele ali sentando, abalançando as orelhas, atrapalhando tudo, entrando no meio dos processos, atrasando a vida de tudo mundo, você precisa agir. É preciso abordar o elefante, traçar um plano e resolvê-lo.
As coisas não são do jeito que são sem motivo, elas precisam de justificativa e estratégia. Sem essa duplinha de coisas, a gente fica preso em ciclos lentos, morosos e bastante improdutivos. O primeiro passo para tirar o elefante da sala, portanto, é querer tirá-lo dali.
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