Inovação aberta a concorrência: O case da Colgate-Palmolive

Notabilizada mundialmente pelo seu trabalho com escovas e pastas de dente, a Colgate-Palmolive brilhou os noticiários ao anunciar o lançamento do primeiro tubo de pasta de dente reciclável. Foram cinco longos anos de pesquisa até que a marca conseguiu alcançar o “Colgate Smile For Good” – que é feito de polietileno de alta densidade (PEAD), o “campeão” da reciclagem nos plásticos.

A novidade por si só já mereceria uma comemoração, né? Cada passo da indústria em direção a um futuro mais limpo e com menos poluentes é importante e deve ser celebrado. A Colgate-Palmolive, no entanto, foi além. Eles não só desenvolveram o tubo reciclável, como também disponibilizaram a tecnologia para outras empresas do ramo, já que a ideia é mudar a forma como a indústria produz o material, aumentar o uso de material reciclável e diminuir o impacto no meio ambiente.

Sim, é isso mesmo. Eles criaram uma tecnologia e abriram para que empresas concorrentes pudessem seguir seu caminho e transformar a indústria por meio da reciclagem. Eles escolherem priorizar o coletivo sobre o individual – o que é raro e é digno de nota – e se mantiveram firmes no propósito de promover menos impacto na natureza.

Seguindo uma tendência forte de consumo mais limpo, esse novo tubo de pasta de dente é mais um passo que a empresa dá em direção à meta de ter embalagens que possam passar por compostagem, serem recicladas ou reutilizáveis até 2025.

Com a escolha de abrir uma tecnologia que certamente lhes custou muito dinheiro para ser desenvolvida, a Colgate-Palmolive reforça seu compromisso com a redução dos resíduos deixados pela indústria no planeta e inaugura um novo jeito de fazer inovação. O foco não precisa ser exclusivamente sair na frente dos concorrentes, mas trabalhar com eles para que juntos todos alcancem uma meta coletiva importante, como o consumo limpo.

Isso sim é o verdadeiro propósito que deixa um legado.

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